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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O EFEITO DO JOGO SOBRE MIM


Eu me senti uma pessoa mais feliz por ter meus sonhos fortalecidos e por continuar acreditando que outro mundo é possível. Esse jogo nos concedeu uma ferramenta muito importante que foi a possibilidade de sermos os próprios atores protagonistas da transformação social que sonhamos e que buscamos e isso é que nos torna sujeitos históricos na busca pelo novo a partir do olhar juvenil. Acredito que as mudanças já podemos perceber desde que todos resolveram aderir a proposta de ser um guerreiro sem armas, proposta essa ousada, mas que nos mostrou desde o inicio do jogo que nós somos responsáveis pela mudança que queremos e que começou em cada um, inclusive eu me considero essa mudança. Pra mim foi muito positivo em todo processo a metodologia com que o jogo foi construído, isso de uma forma didática e divertida que nos fez sentir parte do processo desde o começo e além de nos sentirmos encorajados a participar. A questão da conciliação de agendas foi um dos pontos difícil pra mim, por ter muitos compromissos e ter o dever de honrar todos, mas tudo deu certo e consegui concluir todas as atividades com êxito. Inclusive aproveito para agradecer a todos que trabalharam arduamente para que tudo desse certo e  para  que chegassímos até aqui.

Um grande abraço a todos GSA que fazem parte desse processo, vamos em frente que a luta apenas começou e ainda temos muito para conquistar nessa longa jornada!  

LUCAS OLIVEIRA.

*AVALIAR É SABER DA VALOR*

1.COMO FOI A SUA ATUAÇÃO NO JOGO?

EU AVALIO MINHA PARTICIPAÇÃO NO JOGO DE UMA FORMA POSITIVA, UMA VEZ QUE ESSE ESPAÇO NÃO SERVIU APENAS PARA POSTARMOS COISAS  OU SIMPLESMENTE PARA ESCREVER COISAS E MAIS COISAS QUE ESTAMOS CANSADOS DE LER EM OUTROS BLOGS, PELO CONTRÁRIO FOI UM ESPAÇO PARA EXPORMOS VIVÊNCIAS COLETIVAS LOCAIS COM IMPACTOS GLOBAIS E COMPARTILHARMOS ISSO COM OS DEMAIS PARTICIPANTES DO JOGO E COM AQUELAS PESSOAS QUE BUSCAM TRANSFORMAÇÃO E JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL.

2. QUAIS FORAM OS PONTOS POSITIVOS?

PRA COMEÇAR, UM PONTO POSITIVO FOI MEU DESEMPENHO COM AS FERRAMENTAS DA INTERNET, BEM COMO O BLOG, ATÉ PORQUE  ANTERIORMENTE NÃO TINHA TANTA PACIÊNCIA PARA ESTAR ATUALIZANDO BLOG E AGORA ME VICIEI RSRSRS. PERCEBI TAMBÉM QUE APESAR DE DISTANTE DOS DEMAIS PARCEIROS DO GSA, EXISTE UMA CAUSA MAIS QUE POSITIVA, É JUSTAMENTE A QUE NOS UNI E EU TENHO CERTEZA QUE PULSA FORTE EM CADA CORAÇÃO, QUE É A LUTA PELA SUPERAÇÃO DO MODELO DE VIDA QUE ESTÁ INSERIDA A ATUAL SOCIEDADE, MODELO ESSE QUE TEM CAUSADO A DESIGUALDADE SOCIAL, INJUSTIÇA E A CRISE AMBIENTAL PLANETÁRIA E ESSAS PEQUENAS AÇÕES LOCAIS QUE POR MAIS QUE PAREÇAM INSIGNIFICANTES, MOSTRAM DE QUE LADO NÓS ESTAMOS E NOS FORTALECEM ENQUANTO SONHADORES NA BUSCA INSACIÁVEL POR JUSTIÇA SOCIAL.

3. QUAIS OS PONTOS NEGATIVOS?

AVALIO COMO PONTO NEGATIVO O CURTO ESPAÇO DE TEMPO PARA REALIZAÇÃO DE TODAS ATIVIDADES, UMA VEZ QUE CONCILIAR AGENDAS FOI UM DESAFIO, MAS QUE COMO A VIDA DE UM GUERREIRO É A SUPERAÇÃO DE DESAFIOS, ACABO PUXANDO ISSO UM POUCO PRO LADO POSITIVO TAMBÉM.

4. O QUE VOCÊ MUDARIA NA SUA ATITUDE DESDE O COMEÇO DO JOGO? 

ACREDITO QUE MUDARIA MINHA RELAÇÃO COM OS DEMAIS PARTICIPANTES, TERIA INTENSIFICADO MAIS ESSA RELAÇÃO, PORQUE CONVERSEI POUCO COM ALGUNS E COM OUTROS NEM CHEGUEI A TROCAR MENSAGENS, ACHO QUE PODERIA TER ALIMENTADO ESSA RELAÇÃO DESDE O COMEÇO.
A GENTE NÃO ESTÁ SOZINHO!

Para realização das ações que propomos e concretizamos, contamos com o apoio e a disponibilidade dos jovens estudantes universitários e ativistas comunitários. Sabemos da importância de articulação e que o trabalho frente a questões socioambientais são processuais que necessitam de um trabalho coletivo. Com base nisso fechamos parcerias inclusive com a escola que forneceu o espaço para realizarmos oficinas e com a rádio comunitária que divulgou grande parte do nosso trabalho e esse foi um dos pontos fortes desse processo, fazermos chegar a informação por meio de ferramentas comunitárias até a população local. Acredito no pontencial mobilizador do jovem, acho que foi por isso que topei me tornar um guerreiro sem armas desde quando adentrei nos movimentos socias. Acredito que o grande desafio proposto na atualidade seja inserir a juventude nas contruções sociais  e politicas locais, além de desvencilhar-se da cultura materialista que predominante na atual sociedade, frente ao apelo da midia para o consumo desenfreado e esquecimento do real papel que caracteriza o jovem que é a importancia do SER ao invés do TER. Hoje me sinto muito contente ao ver que grande parte dos jovens estão adentrando em espaços de construções politicas que veem desenvolvendo um papel decisivo na busca por outro mundo sonhado por todos.



*GRANDES IDÉIAS NASCEM PEQUENAS CAUSAS*

GET TO WORK (Mãos ao Trabalho)
Perto da minha casa, existe um posto de saúde e uma escola da rede pública de ensino, que se chama EMEIF Martinz de Aguiar, de frente para o posto tem um lixão, onde sempre a prefeitura limpa, mas como não existe um trabalho de sensibilização ambiental  e as pessoas não teem noção do impacto de tais ações, até então não consegui enxergar algum resultado com relação a isso. Tentei pensar numa metodologia para começar esse trabalho de sensibilização ambiental, junto as pessoas da minha comunidade, mas pouco consegui contruir sozinho. Gostando muito de trabalhar com a juventude por acreditar no potencial transformador do jovem, pensei em convidar alguns colegas da comunidade e da universidade para juntos tentarmos juntar o saber popular com o saber academico e consolidarmos uma ação estratégica de trabalho. No dia 15/11 sentamos coletivamente e fechamos uma metodologia. Estiveram na reunião alguns amigos universitários que foram: 2 estudantes de economia doméstica, 1 estudante de engenharia ambiental, 1 de gestão ambiental e uma estudante de comunicação social. Também convidei amigos ativistas da comunidade, como os meninos que dançam Hip-Hop, as mulheres que dançam tambor de criola e pessoas interessadas na solução da questão, que inclusive não eram poucas .
O público-alvo que resolvemos trabalhar foram jovens que estudam na Escola Martinz de Aguiar que está situada ao lado do posto próximo ao lixão e com o apoio e suporte de pessoas da comunidade trabalhamos coletivamente.

PENSAMOS NA SEGUINTE METODOLOGIA:

1. OFICINA DE SENSILIZAÇÃO AMBIENTAL 

  • Apresentação
Dinâmica Círculo de luz e lugar onde canta seu coração
Objetivo: centralização e foco no momento presente, ativar a concentração e energia do grupo para os trabalhos. Conhecer todos e todas identificando esse lugar que está dentro e fora de cada um. Perceber-se como Terra.
  • Acordo de convivência
Objetivo: Construir as regras de convivência e comportamento para o grupo.
  • Fala de Contexto – Mudanças Ambientais Globais
Objetivo: Apresentar o processo de evolução global e impacto ambiental e qual o papel da juventude frente a esse processo.
  • Dores do Mundo – Foto palavra
Objetivo: levar os participantes a sentirem as dores do mundo e assim sensibilizar para encontrar soluções para os problemas ambientais, analisando o mundo em que vivemos e as nossas atitudes perante ele, discutindo como podemos contribuir para salvaguardar o planeta terra.
PERGUNTAS NORTEADORAS: Que mundo Temos? Que mundo queremos? (pensar no global e no local)
Divisão de grupos
Construção de um Globo-painel a partir de imagens com o mundo que queremos e com as dores do mundo (problemas ambientais, guerras e etc);
Apresentação e discussão. 

 2. OFICINA DE EDUCOMUNICAÇÃO 
Objetivo: Divulgação do impacto ambiental causado pela ação do acumulo do lixo no local e do consumo desenfreado. Para isso pensamos em trabalhar com jornal-mural, spots de rádio para divulgarmos nas rádios comunitárias, fanzine como informativo circular e as meninas resolveram trabalhar com percussão corporal, para que junto realizassimos uma ação final como uma dança coletiva na Praça central.

Grupos de Trabalho:

1.Jornal-Mural;

2.Spots de Rádio para divulgação nas rádios comunitárias;

3.Fanzine para sensibilização circular;

Apesar de estar com o tempo muito corrido e ser tão complicado conciliar agendas, só conseguimos concluir a ação no dia 22/11 sexta-feira, trabalhamos toda semana com os jovens da escola no turno da tarde e no ultimo dia realizamos essa dança coletiva para o fechamento das atividades, lembrando que os materiais produzidos na oficina foram disponibilizados na comunidade e divulgados na rádio comunitária, agora é hora de esperarmos os resultados, uma vez que entendemos que pra cada AÇÃO existe uma REAÇÃO.




PEQUENAS ATITUDES INDIVIDUAIS PODEM GERAR UM GRANDE IMPACTO COLETIVO

Bem, na minha casa sempre fizemos a coleta seletiva do lixo, por acreditar que educação ambiental começa na nossa própria casa e no nosso dia-a-dia como ferramenta na busca de um mundo melhor. Conforme era proposto por essa atividade, dei continuidade a coleta seletiva e os resíduos que identifiquei foram:
-> Embalagens de Arroz, feijão, açucar, farinha e macarrão;
-> Recipiente de sabão em líquido (detergente), caixa de sabão em pó e shampoo;
-> Garrafas pet e latas de refrigerantes e suco;
-> Papel, já que na minha casa tem crianças, elas pintam e rasgam muito papel;
-> Recipientes de vidro como de garrafas de leite de côco;
-> Caixas de Maizena e Arroizina;
-> Latas de massa de Mingal, achocolatado;

Os produtos que foram jogados fora de casa e dentro do planeta, porque eu acho que não existe mais essa expressão "vamos jogar fora" jogar fora pra onde? colocar numa espaçonave e mandar pro universo? jogar dentro e dentro do planeta, foram os seguintes:
-> Sacolas plásticas;
-> Lâmpada;
-> Papel Higiênico;
-> Fraldas descatáveis;

Todo esse lixo muitas das vezes ao passar o caminhão são todos novamente misturados e assim percebemos que todo esse esforço na semana não valeu de nada, percebendo isso quando começei a fazer coleta seletiva em casa, observei que haviam catadores que mexiam nos lixos domiciliares, então a partir dessa percepção preferi já deixar separados para quando essas pessoas passarem já levarem, deixando apenas os não recicláveis para o caminhão de coleta.





                               MEU LIXO É UM LUXO:


PROCUREI ALGUMAS COISAS QUE NÃO UTILIZAMOS MAIS E RESOLVI DOAR COMO DE COSTUME PARA PESSOAS QUE JÁ SÃO CONHECIDAS DE MINHA MÃE E QUE INCLUSIVE DESENVOLVEM TRABALHO NA ÁREA SOCIAL. CONVERSEI COM MINHA MÃE E FAMILIARES E JUNTAMOS MUITAS ROUPAS, CALÇADOS E UTENCILHOS E DOAMOS PARA PESSOAS QUE DESENVOLVEM TRABALHO JUNTO A COMUNIDADES E MENINOS(A) DE RUA. LEVEI ALGUMAS COISAS TAMBÉM PARA ESCOLA ONDE ESTUDO ENGLISH, LÁ MINHA PROFESSORA TAMBÉM ARRECADA PARA DOAR AS FAMILIAS QUE FAZEM PARTE DO SOPÃO SOCIAL NO QUAL ELA TBÉM TRABALHA.


BOM, DEPOIS DE TODO ESSE PROCESSO POR AQUI, MUITA COISA MUDOU E É ISSO QUE ME DEIXA FELIZ, ENTENDER QUE É ATRAVÉS DESSA MUDANÇA DE HÁBITOS QUE CONSEGUIREMOS ALCANÇAR O TÃO FALADO PLANETA DOS NOSSOS SONHOS. E QUANDO EU FALO DE MUDANÇAS, POSSO CITAR ALGUMAS BEM CONCRETAS:
1. Conversei com minha mãe da importância do consumo dos produtos orgânicos e do não consumo dos transgênicos, uma vez que é importante entendermos a importância de práticas que fortalesçam a agricultura familiar. Ela refletiu sobre isso e pediu para que ajudasse-a nas compras do mês, escolhendo os produtos com ela. Me disponibilizei a fazer isso.
2. Passamos a utilizar sacolas retornáveis. Quando eram feita as compras sempre vinham muitas sacolas plásticas e que ao chegar em casa iam todas para o lixo.
3. Passamos a recusar produtos descartáveis, optando mais pelos recicláveis.
4. E por ultimo passamos a reutilizar também papel, folhas imprimidas no computador que muitas vezes eram cópias erradas, passamos a reutilizar o outro lado, transformando-as em borrão.

Então, pode-se concluir que são pequenas ações, mas se todos procurassem fazer teríamos um grande impacto positivo na área social, ambiental e econômica.

domingo, 10 de outubro de 2010

1/6 GUERREIRO SEM ARMAS



QUEM ESTOU:  
Como se sente?
Na atualidade o homem tem assumido uma postura cartesiana e individualista em meio ao ambiente onde vive. Isso fica provado quando presenciamos a concretização do equívoco em que o homem pode modificar o ciclo ecológico e da vida e torná-lo devidamente como antes, uma vez que entendemos  ou pelo menos deveríamos entender  que somos parte desse ciclo e é assim que me sinto, um ser vivo, integrante desse ciclo com um papel individual e coletivo, respeitando as demais outras formas de vida existentes no planeta. 



Quais são seus sonhos?

O maior sonho da minha vida seria poder no futuro sentar e refletir, ou melhor, fazer uma análise de tudo que fiz na vida, olhar nos olhos de meus filhos e nos filhos dos meus filhos e família, poder ver uma igualdade social entre todas as pessoas, bem como todos usufruindo igualitariamente dos recursos naturais respeitando as futuras gerações. Hoje não tenho tanta certeza se isso ainda é possível, pois por conta das ações humanas estamos seguindo aceleradamente rumo a uma grande catástrofe e colapso sem precedentes.   

Quais são seus desafios?

O grande desafio que tenho enquanto jovem é o de encarar o medo do que estar por vir, ou melhor, enfrentar o medo do futuro, partindo do ponto que o futuro será resultado da história que estamos escrevendo hoje no presente.
Os demais são: Conquistar outros espaços de encaminhamentos decisivos e políticos a partir do olhar juvenil, articular outros jovens para juntos unirmos forças e por ultimo continuar na luta por outro mundo urgente sem ouvir as duras palavras daqueles que desacreditam nessa luta que tentam nos desanimar, uma luta por justiça social e ambiental, a busca por um mundo sustentável e livre de qualquer forma de opressão.

MEU PROPÓSITO 
Porque quer participar do GSA 2011? 

Participar dos GSA 2011 seria sem sombra de dúvida mais um espaço para contribuir na execução de ações transformadoras, a partir de contribuições pessoais, pelas experiências, mas acima de tudo coletiva. Os Guerreiros sem Armas pra mim é uma novidade, digamos que apenas o nome (GSA), que até então não conhecia, só que pelo trabalho que desenvolvo junto a comunidades e movimentos sociais me levam a entender que eu sou um guerreiro sem armas. Meu propósito de participar do GSA 2011 é simples, mas ousado, trocar mutuamente experiências com os demais que participarão, captando e absorvendo outros tipos de ações para serem executadas nas comunidades locais onde vivo, cooperar coletivamente para uma transformação social e ambiental a partir do trabalho a ser desenvolvido junto com os demais parceiros GSA, contribuindo para o despertar de uma consciência critica de que somos partes iguais e diferentes desse grande quebra cabeça da vida.  

MINHA AÇÃO

Você já fez algo que demonstra que você já é um Guerreiros Sem Armas? Conte para nós!

Como postei em minha apresentação, faço parte do movimento de juventude pelo meio ambiente, que no caso milito na Juventude Alternativa Terrazul e em 2009 iniciamos um trabalho muito especial em uma comunidade chamada Rosalina que atualmente, mais de 6.600 pessoas vivem na Comunidade. A ocupação começou há mais de dez anos. Com altos índices de violência, a realidade dos moradores é extremamente difícil, levando-se em consideração a falta de equipamentos públicos e saneamento básico, dentre outras carências.
O projeto Agenda 21, adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo formular e implementar políticas públicas por meio da participação das comunidades, produzindo um plano de ação para um desenvolvimento sustentável local. O plano leva em consideração as vulnerabilidades e potencialidades econômicas, sociais, culturais e ambientais da região. O projeto é baseado em sete princípios: parceria, participação e transparência, enfoque sistêmico, preocupação com o futuro, responsabilidade, eqüidade e justiça, limites ecológicos. Ao trabalharmos a agenda 21 local da Comunidade da Rosalina em parceria com o Terrazul (ONG Socioambiental), sinalizamos a necessidade do planejamento estratégico e participativo, contribuindo para que sejam fortalecidas e fiscalizadas as políticas públicas municipais, em diversos segmentos, contribuindo para a construção da democracia participativa. Foram muitos dias de trabalho coletivo diretamente com os jovens, adultos, idosos, deficientes e toda comunidade. O trabalho com a Agenda 21 se mostrou resultante por ser  processual e constante. Trabalhamos em cima da necessidade da comunidade, respeitando a realidade local. Encerramos o mês de trabalho com uma conferencia para aprovação do plano de ação da Agenda 21 e contamos com a participação do teólogo, filósofo e ambientalista, Leonardo Boff. Além disso, estiveram presentes Pedro Ivo Batista (Ministério do Meio Ambiente), o deputado federal Eudes Xavier (Comissão da Agenda 21 do Parlamento Federal) e representantes do Banco do Nordeste e da Prefeitura de Fortaleza. 
Durante os dias 24 e 25 de novembro, foram realizados seminários de preparação para a Conferência, nos quais foram discutidos os temas: Juventude, Emprego e Renda, Idoso, Gênero e Educação. Um documento estratégico para o desenvolvimento sustentável da comunidade foi constituído pelos produtos desses seminários, após a aprovação na Conferência.
O projeto resultante na Agenda 21 da Rosalina pretende-se capaz de fixar o cidadão em sua área, construindo de forma participativa, alternativas econômicas de desenvolvimento sustentável, fortalecendo o mercado solidário através das redes de economia solidária.


MEU COMPROMISSO
  
Quais são seus planos? O que você quer fazer quando voltar do programa?

Seria muito egoísta de minha parte se não repassasse tais vivências para outras pessoas, outros jovens. Então em primeiro lugar assumo esse compromisso de repassar aos irmãos parceiros dos demais espaços que faço parte. Espero voltar do programa com outros conhecimentos por meio das vivências, com uma grande bagagem de experiências, saberes e habilidades para dar continuidade com os trabalhos locais. Tenho certeza que voltarei diferente, partindo do meu principio pessoal que somos e vivemos uma eterna construção.


 


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Um dia começou uma construção, Vivo essa construção...Eu sou essa eterna construção!


O ser humano tem a necessidade quase frenética de rotular seu próximo e atribuir caracteristicas a sua espécie, eu prefiro desacreditar nessa forma de relacionamento e entender que vivemos uma eterna construção.

Sou Lucas Oliveira, Jovem, educador popular que luta pela soberania dos povos e emancipação da natureza na construção de um mundo ecossocialista: sustentável, justo, eqüitativo, libertário e ambientalmente sadio,contribuindo para o despertar de uma consciência critica e transformadora na perspectiva da superação do sistema capitalista, por um mundo sustentável, livre de toda forma de opressão. 

Dificil? Impossivel? Mudança? Utopia? Outro mundo é possivel? Sustentabilidade? Juventude? Qual meu papel? o que posso fazer? Foram questionamentos semelhantes a esse que me levaram a entender o meu papel enquanto jovem e sujeito histórico de construção nesse planeta. Minha história junto aos movimentos sociais e ao trabalho junto as comunidades começou em 2005 a partir da realização da Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA).

Querendo debater profundamente Educação Ambiental e a grave crise ambiental planetária, enquanto questão social e politica,  resolvi somar forças com outros grupos de Juventude, na qual hoje faço parte do Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente do Ceará, da Juventude Alternativa Terrazul, da REJUMA/Rede Nacional de Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade, do Conselho Municipal de Juventude de Fortaleza e da REJUPAM/Rede Juvenil do Patrimonio Mundial. Desenvolvo trabalhos de Educação Ambiental com jovens e comunidades em situação de vunerabilidade, procurando entender suas peculiaridades e necessidades frente aos desafios propostos e os problemas sociais, levando em conta suas realidades locais.

"Todos nos enriquecemos e nos completamos Mutuamente..."

TRILHA DA VIDA

LET'S TAKE CARE OF THE PLANET CONFERENCE

CUIDEMOS EL PLANETA

SENTINDO-SE COMO PARTE DA NATUREZA

PENSANDO E AGINDO... LOCAL E GLOBAL

TRABALHO JUNTO AOS JOVENS DE ESCOLAS PUBLICAS
"VIVEMOS EM TEMPOS DE CRISE COLETIVA QUE NOS OBRIGA A TOMAR DECISÕES DE VIDA OU DE MORTE"
                                                                                             Leonardo Boff.

PRODUÇÃO DE VIDEOS DOCUMENTÁRIOS JUNTO A COMUNIDADES.


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O que fica por provar os jovens?
neste mundo de paciência e asco?
É apenas graffiti? "Rock? "O ceticismo?
Também lhes fica não dizer amém
não deixar que lhes matem o amor
recuperar o discurso e a utopia
ser jovem sem pressa e com memória
situarse em uma história que é a sua
não convertidos em velhos prematuros
O que fica para provar os jovens?

O que fica por provar os jovens
neste mundo de rotina e ruína?
Cocaína? "A cerveja? "Hooligans?
lhes fica respirar ou abrir os olhos
descobrir as raízes do terror
inventar paz assim é difícil
entender-se com a natureza
e com a chuva e os raios
e com o sentimento e com a morte
Isso é louco para atar e desatar


O que fica por provar os jovens?
neste mundo de consumo e fumo?
"Vertigo? "Assaltos? "discotecas?
Eu também fico discutindo muito com Deus
se existe ou  não existe
Mãos que Ajudam a construir / abrir portas
entre o próprio coração e o exterior /
sobre tudo lhes fica fazer o futuro
apesar das ruínas do passado
e os sabios estudiosos do presente.


¿Qué les queda por probar a los jóvenes
en este mundo de paciencia y asco?
¿sólo grafitti? ¿rock? ¿escepticismo?
también les queda no decir amén
no dejar que les maten el amor
recuperar el habla y la utopía
ser jóvenes sin prisa y con memoria
situarse en una historia que es la suya
no convertirse en viejos prematuros
¿qué les queda por probar a los jóvenes
¿qué les queda por probar a los jóvenes
en este mundo de rutina y ruina?
¿cocaína? ¿cerveza? ¿barras bravas?
les queda respirar / abrir los ojos
descubrir las raíces del horror
inventar paz así sea a ponchazos
entenderse con la naturaleza
y con la lluvia y los relámpagos
y con el sentimiento y con la muerte
esa loca de atar y desatar
¿qué les queda por probar a los jóvenes
en este mundo de consumo y humo?
¿vértigo? ¿asaltos? ¿discotecas?
también les queda discutir con dios
tanto si existe como si no existe
tender manos que ayudan / abrir puertas
entre el corazón propio y el ajeno /
sobre todo les queda hacer futuro
a pesar de los ruines de pasado
y los sabios granujas del presente.





O caminho para Samarra
Um soldado da antiga Bassora, na Mesopotânia, cheio de medo, foi ao rei e lhe disse:"Meu Senhor, salva-me, ajuda-me a fugir daqui; estava na praça do mercado e encontrei a Morte vestida toda de preto que me mirou com um olhar mortal; empresta-me seu cavalo real para que possa correr depressa para Samarra que fica longe daqui; temo por minha vida se ficar na cidade". O rei fez-lhe a vontade. Mais tarde o rei encontrou a Morte na rua e lhe disse:" O meu soldado estava apavorado; contou-me que te encontrou e que tu o olhavas de forma estranhíssima". "Oh não", respondeu a Morte, "o meu olhar era apenas de estupefação, pois me perguntava como esse homem iria chegar a Samarra que fica tão longe daqui, porque o esperava esta noite lá".
Essa estória é uma parábola da aceleração do crescimento feito à custa da devastação da natureza e da exclusão das grandes maiorias. Ele nos está levando para Samarra. Em outras palavras: temos poquíssimo tempo à disposição para entender o caos no sistema-Terra e tomar as medidas necessárias antes que ela desencadeie consequências irreversíveis. Já sabemos que não podemos mais evitar o aquecimento global, apenas impedir que seja catastrófico. A nivel dos governos, não se está fazendo nada de realmente significativo que responda à gravidade do desafio. Muitos crêem na capacidade mágica da tecno-ciência: no momento decisivo ela seria capaz de sustar os efeitos destrutivos. Mas a coisa não é bem assim. Há danos que uma vez ocorridos produzem um efeito-avalanche.
A natureza no campo físico-químico e mesmo as doenças humanas nos servem de exemplo. Uma vez desencadeada, não se pode mais bloquear uma esplosão nuclear. Rompidos os diques de Nova Orleães nos USA, não é mais possível frear a invasão do mar. Na maioria das doenças humanas ocorre a mesma lógica. O abuso de alcool e de fumo, o excesso na alimentação e a vida sedentária começam a princípio prudizindo efeitos sem maior signficação. Mas o organismo lentamente vai acumulando modificações, primeiramente funcionais, depois orgânicas e, por fim, atingindo certo patamar, surge uma doença não mais reversível.
É o que está ocorrendo com a Terra. A "colonia" humana em relação ao organismo-Terra está se comportando como um grupo de células que, num dado momento, começa a se replicar caoticamente, a invadir os tecidos circundantes, a produzir substâncias tóxicas que acaba por envenenar todo o organismo. Nós fizemos isso, ocupando 83% do planeta. O sistema econômico e produtivo se desenvolveu já há três séculos sem tomar em conta sua compatibilidade com o sistema ecológico. Hoje nos damos conta de que ecologia e modo industrialista de produção que implica o saque desertificante da natureza são contraditórios. Ou mudamos ou chegaremos à a Samarra, onde nos espera algo sinistro.
A Terra como um todo é a fronteira. Ela coloca em crise os atuais modos de produção que sacrificam o capital natural e as formações sociais construídas sobre o consumismo, o desperdício, o mau trato dos rejeitos e a exclusão social. Três problemas básicos nos afligem: a alimentação que inclui a água potável, as fontes de energia e a superpopulação. Para cada um destes problemas não temos soluções globais à vista. E o tempo do relógio corrre contra nós. Agora é o momento de crise coletiva que nos obriga a pensar, a madurar e a tomar decisões de vida ou de morte.

Leornardo Boff.